Matriz funcionalista e organicista na psicologia americana
1. Limites do atomicismo e do mecanismo
Traz basicamente problemáticas relacionadas aos três fenômenos característicos dos seres vivos: a reprodução, o desenvolvimento e a autoconservação. Esses fenômenos indicam uma especificidade dos seres vivos, compreendendo que há algo além da matéria, da anatomia, algo que está ‘dentro’ destes seres, algo que vai além do observável, e que o atomicismo e o mecanismo não podiam alcançar, daí surgiu a biologia com os conceitos de ‘organismo’, ‘função’, ‘evolução’, e ‘desenvolvimento’.
2. Função, estrutura e gênese
Aborda os conceitos de organismo e função na biologia, e traz fatos relacionados a autoconservação, desenvolvimento, reprodução dos seres de acordo com seus genes e inclusive as condições ambientais em que estes se encontram. Traz a abordagem da plasticidade na evolução, mas traz também algumas teorias mais antigas que ditam que o ser humano já nasce com sua forma definitiva. Enfim fala da teoria Darwiniana, que foi comprovada cientificamente mais tarde por Mendel, de que não geramos o idêntico, mas o semelhante, e que nessa teoria de seleção natural e sexual a diferenciação e a extinção das espécies pode ocorrer independentemente de qualquer mudança no ambiente físico, embora estas mudanças possam também ser determinantes do processo evolutivo.
3. Os reflexos do funcionalismo na psicologia
A presença da matriz funcionalista e organista na psicologia manifestaram-se no plano ontológico e no metodológico. Praticamente toda a psicologia que se pretende uma ciência natural adota um modelo instrumentalista dos fenômenos mentais e comportamentais. Percepção, memória, pensamentos, afetividade, motivação, aprendizagem etc. São concebidos como processos orientados para a adaptação. Ao nível metodológico toda a psicologia de inspiração funcionalista e organicista se caracterizam pelas tentativas de produzir conhecimentos que integram as analises funcionais,