Matriz funcionalista e organicista na psicologia americana
Limites do atomicismo e do mecanicismo:
Três fenômenos característico dos seres vivos desafiaram o poder compreensivo do mecanicismo e os procedimentos analíticos atomicista: a reprodução, o desenvolvimento e a autoconservação.
Nenhum ser inanimado se reproduz e nenhuma máquina constrói outra máquina. Esse fenômeno indica uma especificidade dos seres vivos que aponta para algo “dentro” deles. A reprodução, desenvolvimento e a autoconservação sugerem a existência do vitalismo que seria um princípio vital ou virtude natural, que seria o fator responsável pela manutenção, florescimento e multiplicação da vida. Ao final do século XVIII e durante o XIX criam-se as disciplinas, que ao enfocar e explicar estes fenômenos cientificamente- materialisticamente-, resguardando,porém, a sua especificidade metodológica,unificaram os estudos dos seres vivos numa nova ciência: a biologia.
Através de novas disciplinas criadas, como a biologia, originou-se conceitos de “organismo”, “função”, “evolução” e “desenvolvimento”.
Função, estrutura e gênese:
Os conceitos de organismo e função aparecem como decisivos em toda biologia: na anatomia comparada e na paleontologia,na fisiologia dos mecanismos de autorregulação, na embriologia e na biologia evolutiva;os conceitos genéticos são mais enfatizados na duas últimas.
A anatomia comparada e a paleontologia, que tiveram em Cuvier o seu grande mestre, com base na comparação sistemática entre as espécies animais, produziram um imagem dos seres vivos como estruturas hierarquizadas e funcionais, proporcionando aos indivíduos de cada espécie uma adaptação ótima que ficaria comprometida por qualquer alteração em suas partes componentes: “ Todos os órgãos de um mesmo animal formam um sistema único em que todas as partes se sustentam, atuam e reagem umas as outras, não podendo haver modificações numa delas que não acarretem análogas nas outras”,afirma Cuvier. A excelência das