Felizmente Há Luar obra completa
Luís de Sttau Monteiro
(1926-1993)
Nota biobibliográfica
Nasceu em Lisboa, em 3 de Abril de 1926.
Aos 13 anos foi viver para Londres, onde seu pai desempenhava as funções de embaixador. O tempo que aí passou terá condicionado muitos aspectos da sua formação estética e literária. Nesses anos, viveu de perto a tragédia da Segunda Guerra Mundial. De regresso a Portugal, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, tendo exercido, por um breve período de tempo, a advocacia. Publicou o seu primeiro romance em 1960, Um Homem Não Chora. Em 1961, publica-se Angústia para o Jantar, que o colocou, desde logo, num lugar de relevo no panorama da literatura portuguesa. Desse mesmo ano é também a peça Felizmente Há Luar!, que revelou um dos mais notáveis dramaturgos das nossas letras. Foi-lhe atribuído, em 1962, o “Grande Prémio de Teatro”. Por várias vezes, foi preso pela PIDE, devido ao cunho irreverente que impôs à sua obra. Fez parte do conselho redactorial de “A Mosca”, suplemento do Diário de Lisboa, onde se celebrizou pela criação da irreverente figura da Guidinha.
Trabalhou em publicidade e escreveu, também, sobre gastronomia, com o pseudónimo de Manuel Pedrosa. Foi jornalista e colaborador regular de várias publicações: Diário de Lisboa, Se7e, O Jornal, Expresso. Principais obras do autor: — Um Homem Não Chora, 1960 — Angústia para o Jantar, 1961 — Felizmente Há Luar!, 1961 — Todos os Anos, pela Primavera, 1963 — O Barão, 1964 — Auto da Barca do Motor Fora de Borda, 1966 — A Guerra Santa, 1967 — A Estátua, 1967 — As Mãos de Abraão Zacut, 1968 — Sua Excelência, 1971 — E se For Rapariga Chama-se Custódia, 1978 — Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes, 1980 — Chuva na Areia, 1982, adaptação televisiva de um romance que ficou inédito, Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão.
Felizmente Há Luar!
Peça em 2 actos
PERSONAGENS:
Manuel — O mais consciente dos populares
Rita — A mulher do Manuel
Antigo soldado — Um antigo