Marisqueiros
A escolha desse tema foi mais pelo fato de que os marisqueiros são pouco “conhecidos”, porque a população fecha os olhos para esse povo, para a cultura deles, para o que fazem, os problemas, o ambiente em que trabalham e vivem, então essa seria uma grande oportunidade de colher mais informações e também poder transmitir o que aprendemos á nossa turma.
Para realizar esse trabalho utilizamos como base a tese uma tese de mestrado da UFBA, “A identidade cultural e a organização socioeconômica dos marisqueiros, no Angolá”, desenvolvida pelo aluno Edcassio Avelino, após pesquisa de campo. A metodologia utilizada nesse trabalho envolveu pesquisa bibliográfica, atividades de campo, realização de oficinas de fotografias e produção textual. O foco principal dessa pesquisa era analisar a identidade cultural e a organização socioeconômica dos marisqueiros.
Tem-se a noção de identidade como produto da soma de vivências sociais que as pessoas vão adquirindo desde o nascimento (família, religião, escola, trabalho, etc). Paralelamente ao processo da identidade individual, se opera a identidade coletiva, estas são formadas a partir de elementos de cultura, ideologia, política, economia, religião, tradição.
Os depoimentos dos marisqueiros que vimos na tese permitem identificar que a sua identidade é construída a partir da relação entre espaço e trabalho. Então, para os marisqueiros da localidade do Angolá, a sua identidade é definida também em função do reconhecimento da importância de seu trabalho, nisso está embutida a consciência da classe.
As crianças já aprendem com suas mães desde pequenas a pescar, pois os marisqueiros pensam que a partir do momento em que começam a tirar sustento da maré, nunca irá faltar emprego.
Existe uma grande parte de fazendeiros que querem expandir suas terras e destruir os manguezais, prejudicando assim, muitas famílias. Esse é o principal problema que os marisqueiros encontram em seu dia-a-dia.
Os marisqueiros vem cada vez