Maria da gloria seber - o dialogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio

1686 palavras 7 páginas
A VIDA ESCOLÁSTICA

A infância desenvolveu dois sentimentos: o de paparicação nos primeiros anos da criança e a tomada de consciência da inocência e fraqueza da infância. Esses sentimentos foram limitados a legistas, padres ou moralistas por algum tempo onde a população via as crianças como um ser que servia para se distraírem, com nenhuma preocupação moral ou educativa. Quando as crianças alcançavam cinco ou sete anos de idade elas eram agregadas aos adultos, o que tornava a infância uma fase muito curta, mas alguns moralistas e educadores conseguiram mostrar a importância de uma infância longa graça ao sucesso de suas instituições de ensino e as práticas de educação que orientaram e disciplinaram.
A infância foi prolongada e acrescentou uma etapa intermediária que se dá entre a infância e vida adulta: a adolescência, que foi nomeada como a etapa da escola. Durante muito tempo o colégio era um lugar onde viviam os estudantes bolsistas e não tinha nenhuma intenção de ser um local de ensino, mas com o passar do tempo, a partir do século XV, os colégios viraram instituições de ensino, onde uma numerosa parcela da população seguia uma hierarquia de autoridade e de ensino. Desde então, as salas de aula começaram a ser dividida por idades, o que não surgiu por um ato de necessidade, já que o objetivo essencial não era atender a educação da infância. A escola medieval não era destinada a infância, era uma espécie de curso técnico destinado à instrução dos clérigos. Porém, mesmo com essa distinção ela acolhia da mesma forma e indiferentemente as outras faixas etárias.
A separação de classes separadas e regulares foi tardia, ia se para a escola quando se podia o que não dependia da escola, podia se ir ou muito cedo ou muito tarde. Essa indiferença pela formação infantil não foi apenas dos conservadores retrógrados, os humanistas do Renascimento, os escolásticos tradicionais e os pedagogos da Idade Média confundiam educação com cultura, deixando de lado a importância

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