Manifesto dos pioneiros
O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova foi lançado em 1932 num momento de disputas políticas pelo controle do aparelho escolar, confrontando-se com as concepções de pensamentos pedagógicos humanistas católicos que privilegiavam a forma de uma educação integral do homem, enquanto ser criado por Deus e, por isso mesmo, a educação deveria ter princípios morais e religiosos ligados à tradição cristã. A lógica católica era contrária ao pensamento da modernidade, em que se privilegiava a ciência como promotora de progresso.
Nessa posição, encontravam-se os renovadores que eram defensores de uma nova escola, promotora da ciência e da pedagogia moderna sob a égide do ensino público, gratuito, obrigatório (o Estado deveria se responsabilizar pela educação da população , o que era, a princípio atribuída a família), misto e laico, onde a educação se distanciaria de questões religiosas e a aproximaria de questões sociais, dando oportunidades iguais a pessoas de ambos os sexos, e de diferentes credos e camadas sociais.
O documento contava com 26 signatários, que representava a elite intelectual brasileira da época sendo eles:
Fernando de Azevedo, principal autor do manifesto e fundador da Associação Brasileira de educação, em 1924. Participou da fundação da USP, como um dos planejadores e diretor da faculdade de filosofia, ciências e letras da universidade. Foi Secretário da Educação e Saúde do Estado de São Paulo (1945) e Secretário da Educação e Cultura da Prefeitura de São Paulo (1961).
Afrânio Peixoto, foi um médico, político, professor, crítico literário, ensaista, romancista e historiador brasileiro. Ocupou a Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 7 de maio de 1910, e a Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Filologia, da qual foi fundador, na politica exerceu o cargo de deputado federal pela bahia de 1924 até 1930.
A. de Sampaio Doria, Advogado, educador e político esquerdista