mais médicos
INTRODUÇÃO – SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
A onda de manifestações que ocorreu em junho de 2013 teve a intenção de mostrar não só ao governo, mas ao mundo, a insatisfação do povo brasileiro em relação à qualidade de vida e medidas políticas abusivas, pois o governo cobra em impostos muito mais do que retribui. Diversos assuntos foram abordados durante o período, entre eles a violência policial, corrupção, baixa remuneração aos professores entre outros.
Foi neste contexto que veio a tona um dos temas que gerou muita polêmica e está em discussão até agora: saúde pública. Antes de prosseguir, deve-se compreender este conceito: implica na ideia de que o Estado tem a obrigação de proporcionar a todo cidadão serviços médicos de qualidade, desde a prevenção de doenças até o tratamento destas.
Entretanto, é de conhecimento geral que o cenário da saúde pública está bem longe do que se espera. Pesquisas recentes indicam que 80% da população brasileira depende do atendimento do sistema público de saúde (SUS), mas faltam remédios, equipamentos de exame e outros profissionais, além de investimentos, estrutura e uma justa remuneração. As filas nos hospitais públicos são quilométricas, o tempo de espera interminável, e por vezes os médicos cometem erros graves em procedimentos ou deixam de comparecer ao plantão.
Em outubro de 2012 o Brasil contava com 388.015 registros de médicos, segundo o Conselho Federal de Medicina, o que implica em cerca de 1,8 médicos para cada mil habitantes. Brasília (4,09), São Paulo (3,62) e Rio de Janeiro (2,64) superam a média do país, enquanto locais mais pobres como Maranhão (0,71), Pará (0,84), Amapá (0,95) e Sergipe (1,3) encontram-se bem a baixo. O índice brasileiro é menor que o da Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (4,0) e disparado Cuba (6,7). Vale ressaltar que existem 701 municípios que não tem sequer um médico.
Esta situação é lamentável, uma vez que se