Ao falar sobre o feminismo no Brasil, devemos inicialmente falar sobre a situação da mulher em nossa sociedade. Durante vários séculos, as mulheres estiveram relegadas ao ambiente doméstico e subalternas ao poder das figuras do pai e do marido. Quando chegavam a se expor ao público, o faziam acompanhadas e geralmente se dirigiam para o interior das igrejas. A limitação do ir e do vir era a mais clara manifestação do lugar ocupado pelo feminino. O movimento feminista teve suas origens ainda na antiguidade, onde mulheres queriam os mesmos direitos que os homens e ganhou uma força colossal na Revolução Francesa, onde enquanto o não feminista estava preocupado em garantir a declaração dos direitos do homem e do cidadão, a força feminista estava preparando sua declaração para garantir que o gênero feminino pudesse obter o acesso ao serviço público, bem como às forças armadas, como também criar inúmeros clubes para as mulheres. As principais exigências feministas eram: Jurídica (perante a lei); Intelectual (instrução); Económica (profissão, trabalho, salário); Política (direito de voto e de ser eleita); Social (relação com os homens, estatuto familiar e social), que foi visto pela sociedade, nos séculos XIX ate a década de 60 do XX, como repressão, pois eles achavam que a mulher só deveria ficar em casa fazendo serviços domésticos. A luta dos movimentos feministas não se esgota na equalização das condições de trabalho entre homens e mulheres. Trata-se de modificar a concepção, naturalizada, de que a mulher é mais “frágil” que o homem. As mulheres nem sempre conseguiram o que queriam e o que conseguiram demorou para ser aceitado, um exemplo disso é o voto, que, aqui no Brasil, por exemplo, só foi conquistado pelas mulheres em 1933. Uma pesquisa nacional, realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, por exemplo, revelou que enquanto apenas 28% das entrevistadas se identificaram como “feministas”, 90% do total reconheceram a existência do machismo na