Participação política no municipio de teófilo otoni de 1989 a 2011
No ocidente ocorreram significativas mudanças nos papéis de gênero a partir do advento da modernidade. A industrialização crescente, na Europa do século XIII, levou a uma reorganização econômica e social. Foi então que surgiu a família burguesa, num distanciamento entre os espaços públicos e privados e o papel feminino restrito ao lar. A mulher assumiu a responsabilidade pela educação dos filhos, incluindo a transmissão de valores, numa função que atendia aos interesses do Estado e da Igreja e sendo assim a mãe se tornou uma figura tipicamente doméstica. Portanto o mundo moderno atribuiu à mulher funções próprias do lar, como os cuidados da casa e dos filhos, na manutenção de uma estrutura que permitiu aos homens o envolvimento com assuntos políticos e econômicos, próprios do domínio público. Mulheres e crianças passaram, ainda, a serem consideradas como frágeis e necessitadas da proteção masculina, numa divisão de papéis que distinguia e restringia a função do homem e da mulher, caracterizando a divisão de gênero. No Brasil, até o final do Império predominava a vida na zona rural. Portanto, os aspectos sociais próprios da modernidade tornaram-se relevantes a partir do século XIX, quando ocorreram importantes mudanças sociais, incluindo a organização familiar e as novas atribuições femininas. Uma dessas atribuições foi o voto. “O voto feminino que foi pautado nas discussões por deputados na assembléia constituinte na elaboração da primeira constituição republicana em 1891 e que vetou sufrágio feminino. Os que argumentavam contrariamente se referiam, por exemplo, à inferioridade feminina, tida por alguns como “natural”, o que, evidentemente, não era partilhado por todos os deputados”. Em novembro de 1917, a Professora Leolinda Daltro, depois de fundar em 1910 o Partido Republicano Feminino, lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres. A primeira prefeita brasileira foi eleita em 1928, na