MAGIA, PODER E DIREITO
A Religião e a Magia foram formas de os povos primitivos obterem uma organização baseada em preceitos, e regras, ordenadas com base em uma potencialidade superior da natureza.
A magia, é assim uma elo do homem com a natureza, foi a forma de o homem encontrar meios, como alguns rituais, para demonstrar certo “respeito” por todo o poder que a natureza exerce sobre os seres vivos.
A religião só se torna um meio para a conexão com a natureza, quando novas formas de rituais começam a ser exigidos. Ela se torna um meio de poder que cresce com rapidez, e estabelece assim certa juridicidade.
O modo com que a reciprocidade era tratada, e estabelecida pela magia ao homem, pode ser, de certa forma, tratada como um meio de relacionar os princípios básicos de respeitar a natureza e de não manter a competitividade, tornando a comunidade em um lugar onde a troca e a doção seria a base para a boa convivência.
Nessas comunidades simples é o esbanjar, e não a ganância, que teria como uma forma de se estabelecer um poder primário. Era natural considerar uma pessoa como “superior” somente por sua alta contribuição em forma de doação, devido a sua melhor forma de obtenção com seu trabalho, ou por algum outro motivo que lhe proporcionou esse ato de doação. Notamos assim, que a necessidade de poder é gerada também pela necessidade de servidão de alguns, com isso, observamos que pode estar na magia à origem da servidão.
Podemos notar então, que nossa sociedade, como é formada atualmente, tem raízes em formas primitivas e místicas de se organizar, e de se estabelecer um poder. Conseguimos observar que, a sociedade baseada na forma de desigualdade e competitividade que é estabelecida hoje, vem de certa “evolução” de forma que, como já vimos, tiveram a reciprocidade como meio de estabelecer a organização social.
Como uma etapa intermediária, a sociedade teve a religião e o divino como sua forma de direito, estabelecendo as regras e as formas de a