Magia nos Quadrinhos - Uma visão antropológica
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Curso: Licenciatura ciências sociais
Disciplina: Teoria antropológica
Discente: Marcio Santos de Carvalho
Rio de Janeiro
2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Magia e histórias em quadrinhos.
“A magia compreende agentes, atos e representações: chamamos mágico o indivíduo que efetua atos mágicos, mesmo quando não é um profissional; chamamos representações mágicas, as idéias e crenças que correspondem ao ato mágico” – Mauss.
As histórias em quadrinhos sempre fascinaram gerações de leitores. Desde muito cedo, a maioria dos leitores de historia em quadrinhos começa a se aventurar nesse mundo, considerado por muitos como infantil, mas que possui uma cosmologia própria, uma própria identidade também, e confere um canal de conhecimento, um primeiro contato com uma forma de ver o mundo, de muitos desses leitores. E, geralmente, o que leva essas pessoas à procura dos quadrinhos é justamente poder “escapar” do mundo real, ter contato com aquilo que “não existe” em nosso mundo, ter contato com a magia.
Mas será que a magia não existe? Será que a crença em espíritos, demônios, encantamentos, curas místicas, simpatias e maldições somente existem nos mundos de faz-deconta? Ou seriam representações de algo que existe de verdade, que regula relações sociais e
que pode ser aprofundado e conhecido por todos? Com certeza, não se pode afirmar que existem homens voadores, teleportadores, pessoas que ficam invisíveis; mas no universo dos quadrinhos, tão diverso e amplo como a própria sociedade, existem aqueles que se banharam da realidade e dos mitos de povos antigos para criarem seus personagens e suas aventuras místicas. Duas das maiores editoras de história em quadrinhos do mundo, a DC Comics e a
Marvel Comics, lançaram histórias e personagens mais voltados ao mundo místico e não tão super-heróicos assim, como