Língua e transdisciplinaridade
Curso: Letras
Turma: 3NA
Docente: Klébia Seliane
Discentes: Angélica Sales Mayre Janne Rodrigues
ZACCUR, Edwiges. Uma experiência de dialogo entre oralidade e escrita. In: HENRIQUES, Claudio Cezar; PEREIRA, Maria Tereza Gonçalves (Orgs). Língua e transdiciplinaridade: rumos, conexões, sentidos. São Paulo: Contexto, 2002.
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Linguagem e cultura são inseparáveis, o que traz um grande número de desafios pela complexidade do cotidiano escolar, que junto com outros cotidianos – o da família, o da igreja, o do grupo, o da cidade, nos mostram diferentes culturas, múltiplas linguagens, imagens e discursos, incluindo aqueles gerados pela mídia.
Envolver-se neste hipertexto multiforme, expresso em diferentes linguagens, produzirá uma nova cultura oral, enredando linguagens em diálogos. No entanto, a escola tende a hierarquizá-las e fragmentá-las, marcando cada vez mais a hegemonia da escrita e, tentar mudar estas atitudes é um desafio aos educadores.
Na primeira Semana de Arte Moderna em 1922, os artistas perceberam que estavam postas condições tecnológicas que afetariam substancialmente o modo humano de ser e estar no mundo. No Brasil os manifestos (antropofagia, desvairismo, pau-brasil), já sinalizavam aceleradas transformações, provocando rupturas dos cânones vigentes e abrindo frestas em artefatos conceituais tais como: a verdade, a realidade e sua representação.
O que nos interessa discutir é a ruptura sinalizada por Walter Benjamin de que, a perda do valor da experiência, da capacidade de trocarmos pela palavra as experiências vividas. Experiências essas que se agravaram pelo excesso de tecnologia, de telecomunicações, causando a falta de experiência e sentido. Ainda, a quem serve o fosso entre a oralidade e a escrita, retomando a ênfase de Freire na perspectiva de uma pedagogia dialógica em que pensar a educação, como práxis política, compreende ressignificà-la.
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A perda da experiência e do