Lugares e não lugares
Nesta obra o autor dá-nos a conhecer uma dimensão cada vez mais alargada da existência de não-lugares, devido ao desenvolvimento da sobremodernidade que traz como consequência a elevada individualidade instalada na nossa vida.
Marc-Augé, na sua obra, parte da noção de que os indivíduos estão inseridos em diferentes sociedades e culturas partilhando valores sociais, políticos e económicos. No entanto, apresenta-nos uma sociedade indiferente à relação entre os indivíduos que constituem, na qual, cada vez mais, a solidão, a individualidade e a impessoalidade marcam presença constante.
O autor fala-nos de uma sociedade constituída na sua essência, por espaços funcionalistas caracterizados por uma ausência de comunicação e superabundância de pessoas, onde a realidade e a ficção se confundem devido a uma sobrecarga de informação. A referida obra, vai constituir uma chamada, de atenção para uma nova realidade.
As noções em torno das quais se desenvolvem no texto todo são: Espaço, Lugares, Não-Lugares.
ESPAÇO
O termo «espaço» é a partida, mais abstracto que os termos «lugar» ou «não-lugar».
É uma noção que não tem uma utilização restrita, sendo as suas múltiplas aplicações, entre si, totalmente diferentes.
Quando associado às noções de Lugar, e Não-lugar, pode dividir-se em: Espaço de Lugar (onde os indivíduos podem estabelecer relações entre si, são dinâmicos e conferem movimento ao lugar) e Espaço de Não-lugar (ultrapassado pelo tempo que se limita ao presente imediato, sem qualquer relação com o passado ou futuro).
LUGARES
Por lugar, entende-se um espaço físico ocupado por sujeitos, onde existe uma tradição histórica (história colectiva de um grupo social), uma identidade marcada (ou seja produz uma identidade colectiva ou individual) e onde se desenvolve uma forte interacção entre os seres humanos.
Pode-se dizer então que um lugar se define como,