Livro Política pra não ser idiota

O horizonte e sua realidade

Cortella citou que se referir a um passado ocorrido há 20 ou 30 anos pressupõe uma geração vivendo uma realidade diferente. Os jovens daquela década nunca tiveram um horizonte adversário e faltou a utopia. Galeano define a idéia: ’’ A Utopia está no horizonte ‘’. A utopia serve para você nunca deixar de caminhar. Horizonte é uma meta naquilo que miramos. Cortella e Janine debatem sobre política pública e política privada. Cada um dos personagens com uma idéia diferente citam exemplos de continentes, povos. Como povos palestinos. Cortella fala que é impossível pensar na Palestina sem pensar na política do menino de 10 anos que joga pedra no soldado israelense. Vários autores dessa época entendiam a política como pulsão vital.

Cortella citou que no século XVIII na Europa essa pulsão foi a discussão da liberdade de pensamento. Janine já tinha outro pensamento, que nessa época tivemos um inimigo que foi a ditadura. Hoje uma pessoa com menos de 40 anos não sabe o que é uma ditadura. E que deixamos a ditadura há 25 anos e durante esses anos ainda não havíamos conquistado uma boa dose de liberdade no Brasil.

Janine ressaltou o enterro e Zhou Enlai na china em 1976, quando muitos chineses se manifestavam na rua pela democracia. Quando ela pensava que valores ocidentais do mundo eram eurocêntricos, ela ressalta que foi uma surpresa os chineses lutar pela democracia igual os Iranianos de hoje, também expressa que o individuo procura lutar pela liberdade quando sofre a opressão, quando acham dificuldades ao enfrentar o que quer. Cortella ao Janine ressaltar isso, ele diz que aí que está o gancho, disse que o gancho do novo que pode construir uma educação, na política e na convivência, pode se fazer da política uma pulsão sem opressão, sem que precise de um adversário.

Janine entendeu e ressaltou, sem que seja algo reativo, um ato de defesa. Saímos da legítima defesa e entramos na proposta de uma coisa nova. Essa é a ideia.

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