Al m da linguagem acess vel
Talvez estejamos em um tempo em que o mundo se encontre com o maior número de idiotas espalhados por ele. Sim, idiotas, e muitos. Não o idiota no sentido popular na frase, aquela pessoa que só diz e faz besteiras e que você faz questão de falar mal numa roda de amigos.
O idiota do qual estamos falando é o que Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro trazem em seu livro “Política para não ser idiota”, no qual a expressão, vinda do grego idiótes, significa “aquele que só vive a vida privada e se recusa à vida política”. Essa vida política, como muitos já imaginam e torcem o nariz, não se limita à política partidária. Trata-se de algo muito mais amplo, para além dos PT’s e PSDB’s da vida. Trata-se do envolvimento das pessoas em discussões sobre questões como a democracia, a liberdade, os direitos e deveres dos cidadãos, e muitos outros mais que afetam diretamente a vida da sociedade em geral.
O conceito da expressão “idiota”, nesse contexto, tem muito mais a ver com a postura das pessoas em relação à política, seu interesse (ou não) por temas de interesse coletivo, os quais não são debatidos com essa mesma coletividade que se reivindica. Todos querem ter seus direitos garantidos, qualidade de vida, saneamento básico, transporte público de qualidade, etc. Mas garantidos por quem?
Em forma de diálogo, os autores do livro analisam a postura beneficiária dos brasileiros em relação a esses direitos,