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Veja:
Nos tempos do telégrafo, a comunicação era lenta e levam-se dias ou até meses para que uma decisão nossa fosse acatada por um de nossos serviçais de longa distância (no caso de empregadores).
Nos tempos do telefone comum, a comunicação era ao vivo e o chefe sempre podia dar uma bronca no funcionário na hora e em qualquer lugar. Hoje o celular já não permite tanto isso, porque cada vez mais o cidadão que deve receber a ordem aciona o BINA e só recebe a chamada se quiser, e o mesmo acontece com os e-mails, você sempre pode dizer que não recebeu a mensagem ou que o computador travou....
Outra coisa, e importante, no tempo do telégrafo era fácil inventar ordens (você podia se passar por outro) e no tempo do telefone comum isso era mais difícil porque os telefones sempre invadiam os nossos lares e as pessoas nos achavam até em listas por endereços ou nomes. Hoje já não é assim, e eu mesmo tenho pelo menos seis e-mails com identidades diferentes (variando nomes e apelidos) e posso me esquivar ou escolher qual e-mail disponibilizar a quem, com as redes sociais e portanto me torno mais senhor de mim e menos dependente (por incrível que pareça) das comunicações que antes.
Sempre o poder estará nas mãos de poucos e com a rede mundial de computadores o risco é que as censuras acabem se tornando tão invasivas que a gente acabe parando de usar o computador para escrever ao mesmo tempo em que os grandes detentores do poder midiático investirão em gravação de áudio e vídeo de tudo o que fazemos. Ou seja... quem determinará a exposição à mídia continuará sendo o mesmo pessoal e apenas o leque de talentosos aumentará, o que quer dizer que diminuirá o valor das obras de arte, aqui inclusas músicas, poesias, literatura e mesmo pinturas e esculturas ou teatro ou qualquer outra forma de arte, pois o selecionador deterá também o poder de expor.
Tendemos a virar produtos nas mãos