RADICAIS LIVRES
Radicais livres são átomos ou moléculas com número ímpar de elétrons na última camada eletrônica. Ou seja, o elétron que deveria estar pareado ( um elétron com spin.
Estudos sobre essas moléculas datam por volta de 1924, mas apenas na década de 1970 a importância delas foram salientadas nos seres vivos, principalmente nos aeróbicos. Nessa época, pelo fato de o envelhecimento ser causado pelos radicais livres, seu combate era feito pelas pessoas por meio da ingestão de altas doses de anti-oxidantes, muitas vezes, com o aval do médico. Hoje já se sabe da relevância de sua existência no organismo humano, além disso existem pesquisas que indicam danos quando há excesso de anti-oxidantes. Não se pode negar, no entanto, sua influencia em várias doenças, como no câncer, na arteriosclerose, no mal de Alzheimer e de Parkinson.
Existem muitas espécies diferentes de radicais, dentre eles estão:
Radical Superóxido ( O2–): Produzido por quase todas as células aeróbias (cadeia respiratória) e também, por células de defesa como os neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos.
Peróxido de Hidrogênio (H2O2): Não é uma radical segundo a definição, mas promove a formação de outros radicais, além disso é bastante oxidativo podendo reagir com a membrana plasmática do eritrócito e com proteínas ligadas ao ferro2+.
Radical Hidroxila (OH.): É o radical mais reativo. Assim, pode reagir com o DNA da célula causando mutações, com a membrana plasmática causando lise celular, com proteínas as desativando.
Oxigênio singlet: Forma excitada do oxigênio molecular. Há poucas doenças relacionadas às reações com sua presença.
Hipoclorito (OCl -): Possui importância na fagocitose.
Radicais Peroxil e Alcoxil: Presentes na peroxidação lipídica.
Óxido Nítrico (NO ): Contribui para o sistema de defesa do organismo.
A formação de alguns radicais acima, denominados de espécies reativas do metabolismo de oxigênio (ERMO), ocorrem na cadeia respiratória, na mitocôndria.