Literacia histórica
Vivemos nos últimos dias (ou anos) de um modelo escolar em crise, estamos na transição ente uma escola cujo papel era formar um cidadão e uma escola cujo objetivo é vender informação. Essa massificação da escola teve um efeito particularmente profundo na prática do ensino da história. Não é de hoje que os professores correm o risco de se tornar simples reprodutores, como um jornalista que apenas apresenta a notícia, o professor simplesmente ensina os fatos históricos, a grande diferença é que agora, não temos que desenvolver o ufanismo em nossos alunos.
O professor não pode se limitar a ser esse transmissor, ele tem que se aprofundar na realidade em que seus alunos estão inseridos e, de alguma forma, aplica a história à vida do aluno, ao seu cotidiano. A História não é um simples conjunto de informações soltas sobre pessoas mortas e eventos passados, ela é um mapa que guia o homem contemporâneo em sua vida turbulenta, cheia de mudanças. A história é um dicionário que nos permite traduzir o passado à nossa língua para assim nos deixar ser guiados pelas experiências dos outros.
A literacia é a capacidade de adquirir e utilizar um conhecimento científico, a literacia histórica é, portanto, a capacidade de aprender e utilizar a história. Um sujeito que aprende a história apenas passa a usá-la quando para de ver o passado como algo morto, passa a interpretá-lo de formas diferentes e a usar essas novas interpretações para “explicar” seu meio.
No novo século, temos uma situação cheia de problemas inéditos, o mundo nunca foi tão pequeno e nunca houve tantos de nós, ações extraordinárias feitas por pessoas “insignificantes” têm grande impacto social em todo o mundo. Nesse mundo a história tem o papel de nos ensinar a viver em nossa sociedade, nos ensinando como viver sem esses problemas com o qual já nos