Recensão crítica
Professora Doutora: Margarida Alves Martins
Cláudia Sofia Ribeiro João
Recensão crítica do artigo:
Aprendizagem ao Longo da Vida: entre a novidade e a reprodução de velhas desigualdades, Mariana Gaio Alves, UIED – FCT/UNL
In Revista Portuguesa de Educação, volume 23, nº. 1 de 2010
Neste artigo a autora pretende questionar a suposta originalidade do conceito da aprendizagem ao longo da vida e ao mesmo tempo fomentar o debate discutindo os diferentes sentidos atribuídos ao mesmo, reflectindo acerca das alterações que pode introduzir no campo educativo, no que diz respeito às políticas educativas
e
nos
processos
de
educação
e
formação.
Simultaneamente procura também verificar de que modo é que este conceito poderá ter repercussões no combate das desigualdades marcadamente fomentadas pelos sistemas educativos.
A pertinência deste tema está intrinsecamente ligada ao contexto actual onde o debate desta questão quer a nível europeu, quer nacional, estão na ordem do dia. Aparentemente, segundo a autora, esta questão é uma novidade recente, em matéria de discursos políticos, levantando inclusivamente a hipótese que esta novidade possa ser “de algum modo, um novo princípio estruturante do sector educativo, pelo menos no plano do discurso e da retórica”. O papel da
União Europeia é notório neste campo e desde de 2000 com a Estratégia de
Lisboa, definida no Conselho Europeu de Lisboa, que se sente a influência das orientações Europeias nas políticas educativas. Esta evidência é confirmada por diferentes autores citados no artigo tais como: António Antunes e Nóvoa que demonstram o aumento da produção de documentos no âmbito da educação, após o Tratado de Maastricht, “influentes na evolução política europeia em matéria de educação”. A aprendizagem ao longo da vida é o principal lema das políticas educativas do início do século XXI e destaca-se nas
Doutoramento em Ciências da