Leitura: prazer ou desprazer
EVANDRO SILVA DE SOUZA (FJAV)
O presente artigo tem como função abordar a notória inaptidão pela leitura detectada na sociedade brasileira, bem como apontar caminhos que conduzam a um contexto harmonioso entre o leitor e o texto. Faz tempo que educadores, intelectuais e curiosos engajados na problemática, buscam estratégias para sanar esse verdadeiro “câncer social”, que a muito corrói a base da educação tupiniquim. Em comum os especialistas no assunto são unânimes em afirmar que o problema segue uma ordem cíclica, a criança mal assessorada de hoje poderá torna-se o analfabeto funcional do amanhã. Paulo Freire (2003) fala sobre a importância do ato de ler elucidando que “a leitura de mundo procede sempre à leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela”, ou seja, para compreender a leitura das palavras precisa-se relacionar o texto ao contexto que este encontra-se. Para o autor o fato do discente “necessitar da ajuda do educador, como ocorre em cada relação pedagógica, não significa que o educador deve anular o processo criativo, diminuindo a responsabilidade do mesmo na construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem” (FREIRE, 2003, p. 19). Ana Maria Machado (2001) relata que “vários professores estavam interessados em querer aprender técnicas e truques para resolver um difícil problema antigo e atual: como podemos fazer com que as crianças leiam mais?”. Esquecendo que o problema de falta de leitura não vem só das crianças, pois como iremos despertar o prazer da leitura nestas se em sua casa e na sociedade não temos exemplos constantes de um adulto com um livro, com um jornal ou outras formas de leituras nas mãos, não se pode esquecer que a criança é o produto do meio, e como tal, está sujeita a sofrer a ação deste. O contexto torna-se mais complicado quando o docente, (pessoa responsável pelo desenvolvimento de tal habilidade), soma-se a questão de forma negativa, desconsiderando