mestrando
Gabriel Heidrich Medeiros gabriel_heidrich@yahoo.com.br Faremos uma abordagem do tema com base nos fragmentos póstumos de Nietzsche organizados por Montinari. O objeto de nosso estudo tem por foco especificamente os fragmentos da KSA 13 22 [17] ao 13 22 [23] ambos de 1888. Nietzsche nestes fragmentos nos deixa claro a sua posição sobre a causalidade motivacional pessimista. Vale lembrar que neste período o filósofo desiste do projeto da obra A Vontade de Poder e estava trabalhando na confecção de outro livro não publicado: A transvaloração de todos os valores. Os aforismos que vamos estudar iriam fazer parte do segundo capítulo desta obra que se chamaria O imoralista conforme o plano previsto em KSA 13 22 [14] 1888. Este capítulo que iria tratar justamente da questão da moral. Segue que elementos da crítica a moral estarão presentes nesta avaliação de Nietzsche da causalidade motivacional pessimista, pois não trata-se de um questionamento que paira apenas sobre a questão de como o universo funciona, no sentido da defesa de uma causalidade aos moldes, como por exemplo a materialista, ou a idealista, mas também de como ele é valorado. Nietzsche descreve a causalidade pessimista no agir, como que ligada às metas da felicidade, própria ou alheia, deste modo as ações sempre procuram um destes resultados. Sendo que aquelas que possuem a meta na satisfação própria são egoístas e as que têm como finalidade o benefício alheio são altruístas. Este modelo de motivação é identificada por Nietzsche como que decorrente de Schopenhauer1 KSA 13 22 [17]. Para Nietzsche estas ações podem ser reduzidas a apenas uma que é a busca pela felicidade própria. Demonstrando assim a posição cética do autor em relação a ações desinteressadas e focadas apenas no bem de outrem. Contudo este é um recurso utilizado pelo autor para sintetizar todas as metas das ações. Sendo que como veremos no decorrer desta exposição em realidade a finalidade das ações