No Presidencialismo, as eleições gerais tem como foco, os candidatos ao Poder Executivo, os debates na TV, programas de governo, pesquisas de intenção de votos, todas as mobilizações de campanha pró e contra os candidatos giram em torno do “cabeça de chapa” de cada coligação. No Parlamentarismo, se as eleições forem em regime de lista fechada, o debate fica entre os presidentes dos partidos e, se as eleições forem por voto distrital, o debate ficará entre os candidatos locais de cada distrito, levando-se em conta o programa nacional do partido. Ao contrário do que muitos pensam, as candidaturas distritais não alienam o eleitorado local do debate nacional, funcionando mesmo os candidatos como prepostos do partido em seus respectivos distritos. No Presidencialismo, ao ser eleito, o candidato inicia uma verdadeira romaria para formar alianças, cooptar partidos de oposição para a base, e lançar mão dos mais diversos recursos do fisiologismo político para obter uma base majoritária no Parlamento. A alternativa a isso seria um governo sem maioria, o que, no Brasil, significaria o engessamento da votação da Lei Orçamentária, e até mesmo a impossibilidade de criação/extinção de secretarias e ministérios (ou seja, a impossibilidade do eleito colocar em pratica o seu programa de governo). No Parlamentarismo, o Primeiro Ministro é apenas o cume de uma pirâmide de sustentação política que precede a sua eleição. Não é a pessoa do Primeiro Ministro que importa, mas o grupo do qual ele faz parte. É óbvio que um bom líder faz destacar um partido. Contudo, o peso do partido, meça-se pela força nacional da sigla, pela capacidade de seus dirigentes de serem caçadores de cabeça e galgarem novas e talentosas lideranças em cada distrito, isso que vai determina ao final, que o seu programa prevaleça em uma negociação com outros partidos que se pretendam formadores de uma eventual coalizão governista. No Presidencialismo, é muito importante se o candidato ao Executivo é