Justiça no brasil colonial. período pós-pombalino
AS RELAÇÕES DE AUTORIDADE NO BRASIL AO TEMPO DE D. MARIA I: MANUEL ANTÓNIO LEITÃO BANDEIRA E O EXERCÍCIO DA JUSTIÇA NA CAPITANIA DO MARANHÃO (1785-1790). Patrícia A. R. de Almeida Alves *
Bolseira FCT e Doutoranda em História e Cultura do Brasil (patrícia.almeidinha@gmail.com)
Vista no Brasil como a rainha louca, em Portugal D. Maria I é referida nos livros de História, quer pelas Obras Pias que realizou, quer por suas reformas administrativas; ou ainda como a rainha que destituiu o Marquês de Pombal, secretário de Estado do Reino e Mercês do reinado de D. José I (1750-1777) – motivo de divisão na historiografia portuguesa, citado por uns como o maior reformista nacional, e por outros como o mais odiado dos secretários de Estado do período Josefino, devido ao autoritarismo e violência com que impôs sua política. Lembrada apenas pela "viradeira" e pela demissão do marquês de Pombal, principal ministro de seu pai, na realidade, D. Maria1 deu seguimento a muitos dos projectos começados no reinado de D. José I pelo influente Secretário. Continuou a política rigorosa concernente a cobrança de impostos, o combate ao comércio ilegal, a reforma de leis antigas e a centralização administrativa, dando condições para a formação de algumas instituições importantes no âmbito cultural e legislativo com a finalidade de fazer algumas mudanças na sociedade portuguesa e brasileira.
* Patrícia Alexandra Ramalho de Almeida Alves, bolseira da FCT, doutoranda em História e Cultura do Brasil pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Clássica), professora dos Ensinos Básico e Secundário do Colégio Manuel Bernardes (Paço do Lumiar/Lisboa) e investigadora do Projecto Resgate no Arquivo Histórico Ultramarino (Lisboa). Retirada no palácio de Queluz e afastada dos assuntos