Juridiques
No dia 12 de novembro de 2012, foi exibido o vídeo do Programa Tema Jurídico, cujo tema foi a Linguagem Jurídica e Juridiquês, enfocando a problemática do uso do Juridiquês e as campanhas para simplificar essa prática. A convidada, professora Euda de Araújo Cordeiro, aborda essa problemática a relacionando aos operadores do Direito, que mesmo entendendo da área, deparam-se com complicações no uso dessa linguagem.
Em virtude de o Direito ser uma das profissões mais antigas, grande parte das características foram herdadas da cultura milenar do Direito Romano, o que gera certa estagnação no uso da linguagem, que deve se atualizar conforme a modernização da sociedade. A deputada Maria do Rosário apresentou um projeto em que se determinava a inclusão da obrigatoriedade das sentenças serem escritas de forma clara, simples e objetiva no novo Código de Processo Civil; mas, apesar de tal projeto ter sido aprovado na Câmara, só chegou ao Senado posteriormente à reforma deste Código.
Mesmo sem o projeto da deputada, o novo Código Civil prima pela efetividade da ação, na qual o cuidado com a linguagem permite que se evite o acumulo de processos e que o cidadão comum participe mais ativamente no acompanhamento destes. Esse hermetismo, porém, não pode ser extinto completamente da linguagem dos Operadores do Direito, o que não implica no uso do Juridiquês, e sim no uso da linguagem formal e dos termos técnicos da área; que existe, ou não, em todos os ramos do conhecimento.
A adequação da linguagem, ao invés de ocasionar a perda de poder ou respeito, visa estabelecer uma comunicação mais objetiva entre os Operadores e o público alvo. Muitas vezes, a utilização de termos arcaicos, termos em latim, peças produzidas em versos, em forma de poesia e não prosa tornam os processos, além de incomuns, desatualizados. Na disciplina de Linguagem e Argumentação Jurídica, é feita a aplicação de brocardos do Direito,