O Juridiquês
Tayne Marcelle Santos Félix
RESUMO: O presente artigo tem como tema principal o “Juridiquês”. O método de procedimento utilizado é o histórico e descritivo, e a técnica de pesquisa é a bibliográfica. Para melhor sistematizá-lo, foi dividido em três partes, sendo na primeira proposto o estudo a respeito do Direito e a linguagem; na segunda, foi discutida a importância da persuasão, e, a terceira parte, a retórica na atualidade. Busca mostrar também a importância de uma linguagem de fácil acesso e entendimento para todos, sendo que esta é o maior instrumento de trabalho entre os operadores do Direito.
PALAVRAS-CHAVE: Direito, Linguagem Jurídica, Comunicação.
Aluna regularmente matriculada na disciplina Português Jurídico. 1. Introdução
A advocacia vive um processo de modernização e adaptação à nova realidade social, oferecendo sistematicamente novas soluções jurídicas, com o objetivo de atender a necessidades, expectativas e exigências que surgem a cada dia na sociedade. No entanto, apesar de estar ocorrendo esta importante e necessária adaptação, o setor continua utilizando métodos antigos e, em muitos casos, ultrapassados, no seu processo de prestação de serviços. Um exemplo claro é a utilização de uma linguagem excessivamente forense, e por vezes inadequada, nos processos e no trato com os clientes, o chamado “juridiquês”.
Toda atividade profissional possui uma linguagem própria do setor, desenvolvida para auxiliar a comunicação. Médicos, engenheiros, empresários e policiais têm em sua comunicação particular palavras, expressões e jargões desconhecidos dos leigos, mas que são importantes no contexto interno de cada área, para melhor expressar as ideias. Na advocacia não poderia ser diferente. Por isso, palavras como doutrina, jurisprudência, contencioso, liminar e até expressões em latim como habeas corpus, ad hoc e modus operandi são necessárias no contexto dos processos judiciais. No entanto, além dessas