juridiques
É verdade que toda atividade profissional possui uma linguagem própria, desenvolvida para auxiliar a comunicação entre seus membros. Médicos, engenheiros, empresários, econômicos, policiais eles têm em sua comunicação particular , palavras, expressões e jargões desconhecidos dos leigos, mas que são importantes no contexto interno de cada área, para melhor expressar as ideias.
Um simples e notório exemplo; observemos os termos utilizados na medicina, os médicos não costuram os pacientes, eles suturam, eles não abrem, eles fazem incisões, até mesmo porque estas palavras revelam que não é apenas um simples ato de costurar ou cortar um paciente e sim um procedimento especifico na medicina que requer agulha, linha, bisturi adequado e logico o conhecimento de um profissional especializado para realizar o mesmo.
No campo advocatício não podia ser diferente. O Direito como qualquer outra ciência tem uma linguagem técnica que lhe é peculiar, a qual deverá ser empregada sempre que for preciso. Por isso, palavras como doutrina, jurisprudência, contencioso, liminar e até expressões em latim como habeas corpus, ad hoc e modus operandi são necessárias no contexto dos processos judiciais. Esses vocábulos além de manter a hierarquia e tradição no ramo faz com que definam em poucas palavras situações especificas no direito.
No entanto atualmente estamos observando alguns problemas com o uso excessivo dos termos jurídicos que chamamos de juridiquês. Vejamos a definição do temo juridiquês:
“Juridiquês é um neologismo em voga no Brasil para designar o uso desnecessário e excessivo do jargão jurídico e de termos técnicos de Direito. Embora tenha conotação pejorativa, a ideia de juridiquês como jargão profissional tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade letrada por causa de sua crescente utilização na imprensa e nos meios de comunicação de massa.” 1
Observamos o uso desmoderado destes jargões principalmente nos meios de