introdução ao existencialismo
Para os existencialistas, existência precede a essência, ou seja, o homem primeiro existe, se descobre, surge no mundo e só depois se define. A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de determinismo, de fatalismo. Não existe uma essência universal da humanidade, pois cada indivíduo se define através de sua existência, que é pessoal.
O termo existencialismo propriamente dito porém, só foi cunhado entre as décadas de 50 e 60 do século XX, por Kierkegaard, que foi um filósofo dinamarquês, que herdou o temperamento sombrio e a devoção pietista de seu pai. Tornou-se pastor luterano pouco depois dos vinte e cinco anos. Rompeu o noivado com Regina Olsen ao chegar a conclusão que não tinha vocação para matrimônio. Todos esses fatos influenciaram sua obra, que preceituava que a existência humana não pode ser explicada através de conceitos, de esquemas abstratos. Para ele o homem é espírito, é a síntese de finito e infinito, de temporal e eterno, de liberdade e necessidade. O espírito é o eu, que é aquele que não estabelece relação com nada que lhe é alheio. E a existência se processa em três estágios: o estético, o ético e o religioso.
No primeiro estágio, o estético, o homem busca um sentido para sua existência. Convicto de que é inteiramente livre, vive ao sabor dos impulsos, procurando desfrutar, extraindo o máximo de prazer, cada instante da vida, entregando-se a todos os prazeres e sensações. Vive sob o signo da escolha. Insatisfeito nessa busca estética, o homem atormenta-se e cai no desespero. É através do desespero