Intertextualidade no Navio Negreiro
Sentir-se a vontade? Isso já basta! Roupa de marca e maquiagens, Ah! Não lhe importa. Se sentir livre como uma andorinha, isso é o que realmente importa, sem essa de ser julgada nos padrões de beleza.
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? Passam horas na frente do espelho se produzindo mesmo sem saber pra onde vão? Para o que vai de certo acontecer? Vai entender. Horas dentro do quarto, os pinceis o pó do blush levantam. Se sente livre disso! Não se preocupo com isso.
Bem feliz aquela que é livre dos padrões de beleza. É o que eu sempre escuto.
Oh! Como é maravilhoso ser você mesma, sempre se sentir a vontade. Meu Deus! Como é bom lhe ver vendo a vida intensamente.
Sente-se um pássaro, voando por ai sem me importar com nada. Sentindo a brisa no rosto e não preocupando com o que dizem sobre sua beleza. Pássaros, por mais que eu me sinta um, ainda estou sem asas. A pressão de me adequar nos padrões de beleza é muita, mas prefiro ser eu mesma.
Queridas andorinhas! Emprestem suas asas.
PURGUATÓRIO
Ao ver tanto horror, tantas vidas sendo minimizadas, quis que a Terra tratasse de acabar de vez com tanto sofrimento em busca de algo praticamente insignificante. O que diria Vênus, em sua concha de madrepérola, ao ver tanto desespero? O que você diria deusa, ao ver tantas meninas transformando-se deste jeito, saindo da inocência direto para uma vida de máquina que tenta a todo custo repetir o que veem na TV? Diga-me, deusa, quem são estas almas fadadas à dor?
São meninas das regiões mais escondidas que buscam a tão sonhada vida de modelo. São esposas que se obrigam a estar sempre impecáveis para seus maridos. São jovens que