ficha de leitura
Escola de Ciências Humanas e Sociais
Licenciatura em Psicologia
Unidade Curricular: Antropologia Social e Cultural
Ano lectivo: 2014-2015
Docente: Humberto Martins
Autora: Catarina Sofia Castro Gonçalves nº59923 AUTHOR
Vila Real, 27 Outubro, 2014
O primeiro documento seleccionado, da autora Irene Rodrigues, publicado na revista Etnográfica: “Ser laowai: o estrangeiro antropólogo e o estrangeiro para os migrantes chineses entre Portugal e a China”.
No seu texto etnográfico, a investigadora relata-nos os acontecimentos pelos quais passou enquanto realizou o seu estudo no território chinês.
A investigadora depara-se com o termo “laowai” durante a sua viagem, que significa “estrangeira”, “ocidental”; e este é um termo utilizado nas situações em que se assume que a pessoa alvo não irá entender o seu significado e varia entre uma faceta familiar e outra mais preconceituosa. No seu artigo, partindo desta condição de estrangeira, ou “laowai”, reflecte sobe as condições de produção de conhecimento etnográfico em contextos chineses, mantendo dois tipos de relações com os seus interlocutores: uma de proximidade outra de distanciamento.
Importa distinguir os termos “laowai” e “heiren”, sendo que o primeiro se refere a uma pessoa de aparência euro-americana e o segundo a uma pessoa de origem africana (pessoa preta).
A pressão das potências ocidentais e a superioridade tecnológica e militar humilharam a China, assim, os estrangeiros eram vistos como uma ameaça, sendo que os produtos estrangeiros eram considerados superiores e os produtos chineses inferiores. Isto criou uma atitude discriminatória e de racismo para com os estrangeiros. No entanto, o governo chinês lançou uma campanha (wenming) “destinada a promover o bom uso da expressão laowai” (Rodrigues, 2012, 552)
“Na China pensa-se sempre que os estrangeiros são ricos e que os chineses são pobres, por isso pede-se sempre mais dinheiro a quem é