intertextualidade
Pode-se definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de outro já existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.
Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
A intertextualidade é uma espécie de conversa entre textos; esta interação pode aparecer explicitamente diante do leitor ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes gêneros textuais. Para compreender a presença deste mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha uma experiência de mundo e um nível cultural significativos.
O intertexto só funciona quando o leitor é capaz de perceber a referência do autor a outras obras ou a fragmentos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis distintos conforme a contextura na qual é inserido. A pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.
Tipos de intertextualidade
Podem-se destacar seis tipos de intertextualidade:
Epígrafe - é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta.
Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas e geralmente com o nome do autor deste.
Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos, um texto já existente, "relembrando" a mensagem original ao interlocutor.
Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando à crítica de forma irônica.
Pastiche - é definido como obra literária ou artística em que se imita