internalismo
A distinção entre essas duas correntes é bastante simples, elas diferem quanto à suficiência da condição interna para justificação. Ambas as teorias compartilham da ideia que fatores internos são necessários para justificação, o que elas vão divergir é quanto a questão se apenas estes fatores bastam para justificar nossas crenças.
Internalismo:
Sustenta que a justificação é determinada internamente, seja pela evidência do sujeito, ou por coerência entre as crenças, ou mesmo por alguma condição interna. Para os teóricos internalistas, os fatores internos são suficientes para garantir justificação ao sujeito. O coerentismo é um exemplo de teoria internalista.
Externalismo:
Nega que fatores internos são suficientes para justificação. Para eles, alguma coisa externa tem um papel independente em justificar crenças. Assim, eles reconhecem a importância tanto de fatores internos quanto de fatores externos para justificação das crenças do sujeito. Um exemplo de teoria externalista é a teoria causal.
Internalismo e Externalismo:
Um debate em filosofia da mente e da psicologia
Sara Bizarro
Supervisão de João Branquinho
Dissertação de Mestrado
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Lisboa, 2000, 116 pp.
O internalismo e o externalismo são duas posições principais em filosofia da mente e da psicologia contemporânea. Segundo as posições internalistas os estados mentais dos indivíduos devem ser individuados recorrendo apenas a informações "internas" ao indivíduo, por exemplo, estados neuronais ou determinados estados psicológicos "individualistas". As posições externalistas defendem que os estados mentais dos indivíduos devem poder recorrer a factores externos aos indivíduos na suas caracterizações.
A dissertação está dividida em três partes. Numa primeira parte são tratadas as experiências de pensamento que estão na origem do debate contemporâneo entre internalismo e externalismo: a experiência da Terra Gémea de Putnam e a