instrumentos de aferição
Constata-se que os dados sobre estruturas de repartição de renda, da forma como são convencionalmente apresentados, indicam como a renda agregada se encontra distribuída, permitindo que se comparem entre si os padrões de distribuição, bem como sua evolução ao longo do tempo. Mas, conforme adverte Rossetti (2005), nem sempre dão a medida exata das diferenças observadas. Isto só será possível com o emprego de instrumentos de aferição que em geral reduzem os graus de concentração das estruturas de distribuição a um único coeficiente.
Coeficiente de Gini
O segundo, derivado de uma das mais conhecidas representações gráficas de estruturas distributivas, a curva de Lorenz. Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países.
O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100).
O Índice de Gini do Brasil é de 51,9 (ano de 2012) o que demonstra que nosso país, apesar dos avanços econômicos dos últimos anos, ainda tem uma alta concentração de renda. Porém, devemos destacar um avanço do Brasil neste índice, já que em 2008 era de 54,4.
Índice de Gini de outros países: - Argentina: 49 (2007)
- China: 47 (2007)
- Alemanha: 27 (2006)
- México: 47,9 (2006)
- Paraguai: 56,8 (2008)
- Noruega: 25 (2008)
- Portugal: 38,5 (2008)
- Estados Unidos: 45 (2007)
- França: 32,7 (2008) Coeficiente de Pareto
Na última década do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto tentou desenvolver uma lei de distribuição de renda fundamentada em estudos estatísticos, tendo concluído que as estruturas de distribuição são relativamente constantes em