Japones
A inclusão da leitura no currículo do ensino médio, não é uma opção, pois realmente apresenta um valor considerável nessa etapa da vida do educando. No entanto, o exercício de leitura literária em sala de aula é um assunto bastante debatido por muitos pensadores da educação. Dentre as problemáticas, as mais recorrentes são: como usar a literatura sem fins para outros propósitos como o estudo da gramática e interpretação textual? O que deve ser priorizado, a qualidade ou a quantidade, e, sobretudo o modo como ela é exposta aos alunos.
Fato relevante que deve ser avaliado é o caso da literatura não fazer parte do cotidiano do professor, pois leva a insuficiência das práticas de leitura tão importante em sala de aula. Ivanda Martins aponta esses aspectos que vem a corrobora para a aversão dos alunos à leitura literária:
A carência de noções teóricas e a escassez de práticas de leituras literárias são fatores que contribuem para que o aluno encare a literatura como objeto de difícil compreensão. (MARTINS, p.83). Lajolo também se refere a esse fato, em seu juízo, leitor e texto precisam participar de uma mesma esfera cultural (LAJOLO, 2000 p.45). Para que isso aconteça, são necessários alguns critérios na ora de selecionar os textos. Além disso, ela discorre sobre o ponto da qualidade e quantidade de texto a ser trabalhado em sala, fato que traz muita dúvida para o docente.
Segundo a autora é comum o qualitativo sobressair sobre o quantitativo, mas ela assegura ser mera ilusão, pois a inclusão de bons textos não soluciona o problema da crise de leitura, pois o texto pode ser diluído pela perspectiva de leitura que se faz dele (2000 p.45). Fica evidente que a metodologia que inclui o uso da leitura literária deve ultrapassar a escolha de um bom texto, o professor deve ser cuidadoso com atividades referentes à leitura. Sugere Lajolo que, as atividades de leitura propostas ao aluno, quanto ao texto literário,