Influencia do branqueamento e do corte na secagem do melão
Por apresentar boa qualidade comercial, alto valor nutritivo e ser uma excelente fonte de vitamina A, os melões produzidos no nordeste são comercializados no mercado externo a preços elevados (Milla, 1995). Por outro lado, essa fruta possui vida útil pós-colheita curta, devido seu alto nível de atividade de água (Aw), além de uma rápida taxa de respiração e senescência.
Segundo Menezes et al (1997), nos últimos anos as pesquisas na área da tecnologia pós-colheita do melão têm crescido significativamente. Uma das formas de tentar aumentar a vida útil de frutas e hortaliças é através da desidratação, em que retiramos uma grande porcentagem de água do alimento, diminuindo assim grandes riscos de contaminação microbiana.
Neste trabalho objetivou-se estudar a influência do branqueamento e da geometria de corte na cinética de secagem do melão, em que utilizamos três variações de temperatura no processo de secagem (50ºC, 60ºC e 70ºC) e dois tipos de corte (em cubo e meia-lua), avaliando qual dos processos teve melhor resultado.
Derivado de formas nativas encontradas na Índia, o melão (Cucumis melo l.) apresenta algumas qualidades pré-colheita como: polpa firme, sendo mais resistente às injúrias mecânicas durante o transporte e comercialização (Grangeiro, 1997); o conteúdo de sólidos solúveis totais (SST), que segundo Cohen & Hicks (1986) o percentual de SST está relacionado à aceitação, doçura e aroma; e a vitamina C, mesmo que em quantidades razoáveis se comparado a outras frutas.
No Brasil cerca de 98% dos melões produzidos são do tipo Inodorus e os outros 2% variam entre Cantaloupensis e Reticulatus. Esses frutos apresentam variações consideráveis de tamanho, forma e peso. A casca pode apresentar-se lisa, enrugada, tipo “rede” ou