Industrialização por substituição de importações
Hoje, a economia brasileira é relativamente aberta ao resto do mundo, mas era extremamente fechada no passado. Isso foi resultado do modelo de industrialização por substituição de importações, implementado, no Brasil, a partir da década de 1930. Relembrando o que nós estudamos nas nossas primeiras aulas: o Brasil era um clássico exemplo de economia agro-exportadora, produzíamos bens agrícolas para abastecer o mercado mundial e importávamos bens industrializados. Com a crise econômica mundial, gerada pela Grande Depressão, ocorreu a falência desse modelo. Para o país crescer e se desenvolver, era necessário promover uma mudança profunda na economia. Para fomentar a indústria nacional, o governo brasileiro ergueu barreiras protecionistas.
LIBERAIS VERSUS ESTRUTURALISTAS
Se os economistas defendem as vantagens do livre comércio desde o final do século XVIII, como o Brasil pode ter desenvolvido sua indústria praticando uma política protecionista?
A resposta é bastante simples. Existem diferentes escolas de pensamento econômico e, conseqüentemente, diferentes abordagens acerca do comércio internacional. A concepção acerca desse assunto do economista clássico inglês David Ricardo, por exemplo, é muito diferente daquela encontrada nos escritos do expoente do pensamento estruturalista, o argentino Raúl Prebisch.
O ESGOTAMENTO DO MODELO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
A influência do pensamento estruturalista na América Latina começa depois da Segunda Guerra, mas podemos dizer que o modelo de industrialização seguido pelo Brasil desde a Revolução de 1930 já ia nessa direção.
Já discutimos aqui a importância que esse modelo teve no crescimento e desenvolvimento do Brasil, mas, com a crise da década de 1980, ficou claro que ele havia se esgotado.
A indústria brasileira ergueu-se sobre a égide do protecionismo. Essa reserva de mercado deixou o empresário nacional em uma situação muito cômoda. Não