Economia brasileira

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O Estado brasileiro sempre teve vasta disponibilidade de terras e mão-de-obra escrava, o que fazia com que o sistema produtivo brasileiro tivesse baixo custo. Grandes empresas produziam em larga escala apoiadas no trabalho escravo. Dessa forma, o país passou a ser o primeiro produtor mundial do café.
Assim, a oferta do produto crescia não pelo aumento da demanda, mas pela disponibilidade de mão-de-obra boa e barata (escrava) e de terras sublocadas. Tal aumento gerou um desequilíbrio do mercado o que ocasionou crises de superprodução e desvalorização do café. Tentando manter o preço do café a níveis rendáveis o governo, apoiado com o financiamento obtido no exterior, o governo passou a comprar e estocar o café.
Os planos do governo não funcionaram, uma vez que o preço mundial do café continuava o mesmo, o que não modificava a oferta. Este problema arrastou-se por anos até a crise de 1930, quando ocorre a ruptura desse modelo, já que as exportações de um único bem agrícola não seriam suficientes.

Questão 02
O período que se inicia após o término da Segunda Guerra Mundial e que se estende até o início da década de 90 é conhecido pelo modelo de desenvolvimento econômico orientado para a substituição de importações, por meio do qual o Brasil evoluiu de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana diversificada. Pode-se dizer que a industrialização por substituição de importações foi um fenômeno dos anos 30 e do período de guerra, isto é, da fase em que a contração da capacidade para importar permitiu que se utilizasse intensamente um núcleo industrial surgido na fase anterior.
O processo de substituição de importações procurou repetir nos países subdesenvolvidos a experiência de industrialização dos países desenvolvidos, se adequando às restrições do comércio exterior. Como característica predominante desse modelo de desenvolvimento houve a perda de dinamismo do setor externo. À medida que o processo de substituição de importações se

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