Administração
Com base nos textos apresentados verificamos que as transformações promovidas pela cafeicultura, bem como o aumento da demanda interna por produtos industrializados, serviram como estímulo para que muitos investimentos, antes concentrados no café, fossem desviados para a atividade industrial.
A crise de 30 trouxe serias consequências para as exportações brasileiras e o saldo do balanço de pagamentos. Adicionalmente os capitais estrangeiros que na década anterior fluíam com facilidade para o Brasil, reverteram a direção, ajudando a piorar a situação do nosso balanço de pagamentos.
A resposta dada pelo governo de Vargas foi fundamental para o enfrentamento da crise. Com o apoio dado a indústria nacional, esta pode crescer e contribuir positivamente para diminuir a dependência externa. O crescimento da indústria também trouxe outras consequências. A renda nacional que dependia fortemente do setor exportador passou a ter a indústria nacional como fator determinante. Este movimento foi classificado, conforme os autores, por Celso Furtado como “deslocamento do centro dinâmico”.
Nesse sentido, a trajetória da industrialização brasileira, que teve forte impulso, na década de 30, foi um movimento voltado ao atendimento das demandas internas ou, em outras palavras, um processo de substituição das importações.
Nesse contexto, os autores revelam como ocorreu o inicio da substituição das importações brasileiras, que pode ser entendido como o fato de o país produzir internamente o que antes importava. Tal processo iniciou-se com a crise da agroexportação que criou condições para que a economia na década de 1930 se direcionasse ao mercado interno, com expansão do setor industrial que passou a liderar as taxas de crescimento da renda e do emprego.
Destacam-se nesta fase os denominados “Economistas da Comissão
Econômica para a América Latina (CEPAL)”, que defendem a "teoria dos choques adversos", assegurando a