Industria alimentar
A indústria alimentar continua a ocupar um espaço importante na economia portuguesa. A sua importância decorre não apenas do seu peso económico, mas também da sensibilidade do "produto", uma vez que "fabrica" o que diariamente ingerimos. Esta característica torna-nos, a todos nós consumidores, especialmente sensíveis à segurança do alimento, pelo que o problema de segurança alimentar e da confiança do consumidor é actualmente uma das maiores preocupações da indústria.
Actualmente a indústria agro-alimentar representa 25% do total da indústria portuguesa. Após a adesão de Portugal à União Europeia, a construção do mercado único em 93 obriga o sector a um esforço de harmonização de todas as regras de manuseamento, de fabrico e de apresentação, nomeadamente nas regras de rotulagem, de higiene e de aditivos.
A articulação entre a indústria e a produção e entre a indústria e as Universidades, tem impulsionado o desenvolvimento duma indústria mais competitiva e que cada vez mais exporta, deixando há algum tempo este sector de só estar ligado a Portugal. A indústria agro alimentar em Portugal está dentro dos sectores mais desenvolvidos.
Contexto económico
A atual conjuntura económica não se apresenta particularmente favorável em matéria de procura e crescimento, dado que a economia tem vindo a sofrer desacelerações sucessivas que se traduzem numa quebra da atividade real que tem implicações várias e graves na procura externa e interna.
Em Portugal, o PIB registou uma queda de 1.6% em 2011, após um aumento de 1.4% em 2010. A contração da atividade económica em 2011 refletiu a evolução da procura interna, com destaque para a contração significativa do consumo privado (-3.9%, após 2.1% em 2010) e para a queda do quarto ano consecutivo, da formação bruta de capital fixo. Em sentido contrario, o contributo da procura externa líquida aumentou de forma significativa em relação a 2010 (4.6 p.p após 0.5 p.p), refletindo em grande medida a queda