Inclusões
A identificação da diferença pode ser usada como instrumento ideológico como propósito de justificar e fomentar a superioridade de uma cultura ou de um grupo sobre os demais, sublinhando as questões de poder e submissão: normalidade/anormalidade, igualdade/desigualdade, eficiência/ineficiência/deficiência, capacidade/ incapacidade, riqueza/pobreza.
Os discursos assentados na meritocracia são emoldurados por uma postura com essa argumentação, que contraria a perspectiva de uma sociedade inclusiva, colocando entraves para que se possa pensar em uma educação dessa natureza e envergadura.
A pedagogia de Paulo Freire baseia-se no reconhecimento da diferença e na tese de que os seres humanos de constroem e se desumanizam nas relações com o mundo, não tomou como um valor em si, mas tomou como ponto de referência para sua prática pedagógica.
Reconhecer que os diferentes segmentos sociais constroem e possuem seus modos de vida é uma premissa básica que se deve ser tomada como ponto de partida para que ações pedagógicas produzam resultados transformadores, não apenas em práticas, mas fundamentalmente nas consciências.
Certas manifestação e práticas que se caracterizam como inclusiva, parecem bem mais “uma adesão a modismo”, do que o engajamento e realização de ações concretas que reconheçam a diversidade promovendo mudanças sociais, culturais efetivas. Vivemos em uma sociedade contraditória, plural e polissêmica, isto implica que devemos aprender a conviver com diferentes pontos de vista, respeitando projetos de vida de cada um. A escola não muda a sociedade, mas pode compartilhar com seu projeto, com sua comunidade, constituindo não apenas como espaço de reprodução e sim como espaço de transformação (PCNS 2005).
A contribuição da escola é desenvolver um projeto de uma educação comprometida com a realidade, onde a prioridade é o desenvolvimento de capacidade, o qual permita ao aluno intervir criticamente e transforma-lo, considerando situação vividas no