Inclusões não-metálicas
São denominadas inclusões não metálicas partículas com diferentes composições químicas (óxidos, sulfetos, silicatos, nitretos e outros tipos) que surgem em meio à matriz dos diferentes tipos de aços, como decorrência dos processos de fabricação dessas ligas ferrosas, geralmente ainda no estado líquido, que muitas vezes não permitem a eliminação completa dessas impurezas, provenientes de diversas fontes (matéria-prima, condições ambientais durante a fabricação e outras), e assim ficam retidas no material após todos os processos de fabricação, alto forno, aciaria, lingotamento contínuo e processos de conformação mecânica (laminação, trefilação e outros).
Sabe-se que estas partículas apresentam características peculiares, afetando as propriedades mecânicas e químicas dos aços. Alguns parâmetros microestruturais destas partículas são particularmente importantes, como sua fração volumétrica, tamanho médio e distribuição. Dependendo destes parâmetros, o efeito destas partículas nas propriedades dos aços pode ser mais ou menos significativo.
3.2 – Origem das Inclusões
As inclusões são geradas normalmente durante o processo de fabricação do aço ainda no estado líquido, podendo ser originárias dos processos de refino e solidificação ou ainda oriundas de fontes externas. Nesse sentido elas podem ser classificadas como endógenas ou exógenas.
3.2.1 – Inclusões endógenas
São precipitados resultantes de reações químicas que ocorrem no aço. Elas são compostas principalmente de óxidos, silicatos e sulfetos e as reações que lhes dão origem podem ser induzidas através de adições feitas ao aço durante as operações de refino e desoxidação, ou simplesmente por mudanças de solubilidade durante o resfriamento na etapa de solidificação. Exemplos desse tipo de inclusão são as inclusões de alumina (Al2O3) nos aços baixo carbono acalmados ao alumínio e inclusões de sílica (SiO2) em aços acalmados ao silício. As inclusões endógenas são inerentes ao processo