Inclusão
"De que servem anos e anos de especialização sem a prática do dia a dia? O docente precisa ter sensibilidade, olhar não para a deficiência, e sim para a criança", defende Ana Maria Barbosa, da USP, apontando que as necessidades do aluno só serão compreendidas a partir do convívio com ele. A professora Anna Augusta Sampaio de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), lembra ainda que o desenvolvimento de técnicas pedagógicas também se dá no contato direto. "Muitos métodos e recursos utilizados emergem do cotidiano de atendimento."
Resolução do Conselho Nacional de Educação define que, além do docente para o AEE, o aluno com deficiência pode ter necessidade dos serviços de tradução e interpretação de Libras, de guia-intérprete e de outros profissionais de apoio às atividades de alimentação, higiene e locomoção. Essa condição coloca no ambiente escolar um novo personagem, o auxiliar ou cuidador. "De acordo com sua realidade, cada sistema de ensino organiza e oferece esse serviço, ao identificar sua necessidade", diz Martinha.
Maria Helena Esteves, responsável pela área de Educação Inclusiva em Poços de Caldas, diz que há exigência de que o cuidador tenha o ensino médio, porém o município também possui profissionais como enfermeiras, professores, psicólogos e universitários desempenhando o papel. "Realizamos em junho de 2013 o primeiro concurso para auxiliar de educação inclusiva, 100 já foram chamados para exames admissionais e iniciarão suas atividades em 2014."
O papel do cuidador é de apoio e suporte, especialmente