FICHAMENTO de FOUREZ, G. A construção das ciências. Capítulo 12.
FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo: Unesp, 1995. Cap. 12, p. 263 - 95
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Objetiva discutir as abordagens idealista e histórica na reflexão ética. Analisa, para tanto, exemplos históricos das diferentes visões sobre ética e suas fundamentações. Descreve a ética idealista como aquela que fundamenta sua visão em uma moral eterna anterior ao debate. A ética histórica, por outro lado, considera que as normas morais são construções sociais e históricas que surgem dos conflitos e discussões entre os diferentes agentes sociais em suas circunstâncias. Conclui que para que uma coletividade defina o caminho que escolhe para desenvolver seu futuro é imprescindível engajar-se nesse debate ético e que todas as vozes e apelos devem ser considerados, de modo que a justiça, entendida como o reconhecimento dos direitos do outro, seja assim objetivizada.
ÉTICA E MORAL
FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo: Unesp, 1995. Cap. 12, p. 263 - 95
* Trata de como uma questão pode ser considerada ética se nos coloca em situação de escolher o que fazer, tanto no sentido do que deve ser feito como no sentido do que sente como desejável. O debate ético é um debate amplio que envolve “razões, valores, ideologias, representações daquilo que se quer para os seres humanos” e, por tanto, reflete escolhas ideológicas*.
* Classifica as abordagens éticas em dois tipos: idealista e histórica. Por ética idealista entende aquela que supõe a existência de ideias eternas das quais as normas morais devem ser deduzidas. O papel da ciência seria o de definir conceitos como morte, sexualidade, família etc. A ética histórica, por sua vez, considera que o debate ético se dá em torno a conceitos construídos historicamente e que evolui ao longo da