Importância da educação multicultural na educação
Presentemente, a educação só faz sentido se for pensada tendo por base a diversidade cultural. Para isso é necessário repensar as práticas pedagógicas à luz da intensificação das relações sociais e responder de forma adequada, e através de materiais igualmente adequados, respeitando os valores de cada cultura. Segundo Stoer e Cortesão (1999), a escola deve constituir um espaço democrático para a construção da cidadania. Para podermos viver juntos temos que respeitar a liberdade dos outros. Para isso há que desenvolver na criança “ competências culturais” (Jordán, 1996), isto é, desenvolver atitudes que lhes permitam viver em sociedades multiculturais e que as ajudem a entender e a respeitar as diferenças. Estas têm que ser encaradas como algo de enriquecedor e não como fonte de subvalorização cultural ou de discriminação. “ As culturas devem ser entendidas, cada vez mais, como elaborações colectivas, em transformação constante, resultante de partilhas e trocas, na base de um sentido de comunidade entre homens e mulheres de todas as culturas” (Cardoso, 1998;16). Cada jardim de infância deve orientar o seu trabalho para este fim, quer tenha ou não crianças de outras culturas a frequentá-lo. A própria Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar (1997), salienta a importância do desenvolvimento pessoal e social da criança, com base em experiências de vida democrática, numa perspectiva de educação para a cidadania. Leite (1996) refere que Portugal vive, há já alguns anos, com uma Lei de Bases do Sistema Educativo que defende a igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso escolares. Segundo a Declaração de Jomtien (1990), a educação de infância é considerada a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, até aos seis anos de idade, nos seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a acção da família e da