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Fazendo parte do que tem sido conhecido como multiculturalismo, estas preocupações têm se evidenciado, recentemente, nos meios educacionais brasileiros, em artigos, reflexões e eventos que questionam práticas e discursos curriculares homogeoneizadores e etnocêntricos, buscando pensar em alternativas para se trabalhar o multiculturalismo na pedagogia e no currículo.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por exemplo, apresentam, como um dos eixos transversais, o tema da Pluralidade Cultural, trazendo à baila a necessidade de se levar em conta esta dimensão no cotidiano escolar.
A última reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPEd), em 1999, trouxe, para o título do evento, a questão da diversidade e da desigualdade, indicando esta como o principal desafio para a educação na fronteira do século. Da mesma forma, autores como McLaren (2000, 21), apontam que a tensão entre pluralidade étnico-cultural e a necessária política de justiça universal consituti-se “a questão urgente do novo milênio”.
De fato, a problemática da diversidade cultural e da construção das diferenças tem sido trazida em uma visão de cidadania multicultural, legal, concreta, negociada em discursos e espaços dentre os quais a educação e a formação docente emergem, com força.
Conforme Lopes (1999), Moreira (1999) e Silva (1999), estes estudos têm tencionado o campo do currículo, trazendo novas configurações e propondo novos olhares, voltados ao reconhecimento e