imagens da organizacao
Este capítulo desenvolve uma visão que recebeu pouca atenção dentro da teoria organizacional. Tem ponto de partida nas ideias de Heráclito que, por sua vez, apresentam muito em comum com a milenar filosofia chinesa do Taoísmo. Apesar da importante influência de Heráclito na evolução da ciência e do pensamento ocidentais, as suas ideias só puderam ser compreendidas e lidas através de fontes secundárias.
Bohn usa metáforas para expressar seu ponto de vista. Por exemplo, convidasse a enxergar o universo como um conjunto de relações que se desdobram, assim como aquelas encontradas em uma sinfonia musical, em que diferentes notas e instrumentos evoluem dentro de uma relação para criar um som codificado na ordem implícita de pauta musical.
Ao se apreciar a teoria de Bohn, é importante perceber que este coloca considerável ênfase na criatividade inerente à ordem implícita. Na verdade, sugere que o seu reino pode ser o da pura criatividade, um conjunto de potencialidades que se tornam explícitas de maneira probabilística.
Enfatiza que as ordens explícita e implícita se encontram em interação e podem produzir e reproduzir formas através de um ciclo de projeção, injeção e reprojeção. As formas percebidas na ordem explícita permite-se certo grau de autonomia e auto-regulagem, embora sejam sempre vistas como dependentes de forças mais profundas dentro da ordem implícita para que possam existir. Sob condições apropriadas, determinadas ordens explícitas tornam-se prováveis ou possíveis, realizando a lógica do sistema.
A análise de Bohn é sugerir que a nossa realidade é moldada por mecanismos geradores que vêem do domínio real e que os domínios do atual e do empírico são, na verdade, tendências percebidas que emprestam forma específica a processos dentro do primeiro domínio. Este tipo de análise busca uma explicação sobre a estrutura profunda da vida social e fornece um modo de reinterpretar o papel e a importância do inconsciente, da cultura e de outras