Imagens da organização
Introdução:
Gareth Morgan apresenta uma abordagem sobre as organizações em seu livro “Imagens da Organização” a partir de metáforas que permitem vê-las como máquinas, organismos, cérebros, culturas, sistemas políticos, prisões psíquicas, fluxos de transformação e instrumentos de dominação. Procura mostrar como um método geral de análise pode ser usado como um instrumento prático de diagnóstico dos problemas organizacionais, bem como de administração e planejamento das organizações de maneira mais ampla.
1 – Organizações vistas como máquina
Ao pensarmos na organização como uma máquina, a tendência é administrá-la como se fosse um grupo de engrenagens que se interligam, tendo cada uma seu papel definido.
O enfoque mecanicista funciona nas mesmas condições em que as máquinas operam bem, ou seja: quando existe uma tarefa contínua a ser desempenhada, quando o ambiente é suficientemente estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam apropriados, quando se quer produzir sempre exatamente o mesmo produto, quando a precisão é a meta, quando as partes humanas da máquina são submissas e comportam-se como foi planejado que o façam. Morgan demonstra o quanto a busca pela precisão e eficiência subvalorizou os aspectos humanos da organização, subestimando a capacidade dos trabalhadores de resolver problemas complexos e imprevisíveis, revelando grande dificuldade para adaptar-se à mudanças. A organização mecanicista desencoraja a iniciativa e encoraja a apatia e falta de orgulho pelo trabalho desempenhado, desestimulando desafios. A atualidade já demonstra que necessita de métodos organizacionais que ativem, ao invés de limitar, o desenvolvimento da capacidade intelectual do trabalhador. A organização é uma estrutura fechada, estática.
2 – Organizações vistas como organismos
O conceito de organização é o de uma entidade viva, em constante mutação, interagindo com seu ambiente na tentativa de