Identidade
CENTRO DE HUMANIDADES
TEORIA DA LITERATURA
FERNANDA JULIETE CARNEIRO
IDENTIDADE, IDENTIFICAÇÃO E O SUJEITO
O que é o “eu” e o que faz com que ele seja o que é? O texto traz duas perguntas sobre este assunto: O “eu” é algo dado ou algo construído? E ele deve ser concebido em termos sociais ou individuais? De acordo com a tradição moderna dominante, a individualidade do indivíduo é algo dado e pode ser usada para explicar o “fiz o que fiz porque sou quem sou”. As obras literárias trazem vários modelos de como se forma a identidade - que pode ser formada desde seu nascimento ou mudada de acordo com situações – e trazem também respostas para as questões sobre identidade que a literatura sempre trabalhou. A literatura em si desempenhou e desempenha papel importantíssimo na formação da identidade de leitores e os encoraja a se identificarem com os personagens nas obras. “Quem sou eu?” é uma pergunta que pode nos levar a muitos caminhos e muitas pesquisas. Suas origens podem ser dadas e também construídas. O eu pode ter uma parte de sua identidade criada assim que ele nasce, dependendo do ambiente e da família que o rodeia quando vem ao mundo. A partir daí, outra parte é criada em sua infância, nas relações que iniciará com outros indivíduos de mesma idade, nas experiências que viverá nesta época e que serão lembranças até sua velhice. Independente do que lhe é imposto pela sociedade, religião, família, leis, etc, o período da adolescência é quando o indivíduo acha que descobriu quem é o eu, o que o formou e o que ele fará no resto de sua vida. Nesta época também se construirá mais uma parcela de sua identidade, mas é na fase adulta que, normalmente, as características do eu irão realmente amadurecer, se formar e se fixar.
Nesta fase, depois de muitas experiências de vida e amadurecimento, é que pode-se ter uma ideia melhor de quem é este eu, o que o formou até aquele dia, o que ele ainda será. Porém, mesmo com anos de experiência