Identidade
A formação da identidade está intimamente associada ao estudo da adolescência.
Muitos são os autores que estabelecem a aquisição da identidade como a principal tarefa desse período. Por englobar tarefas específicas dos diversos segmentos da formação total do indivíduo, podemos centrá-la com a tarefa principal.
Na realidade deveríamos falar em evolução para indicar o verdadeiro transcurso de um processo que, segundo Erickson (1968/1972), dura toda a vida, chamado por ele de ciclo vital. A cada etapa temos características típicas e distintivas que vão sucessivamente sendo transformadas pela ação das vivências da interação indivíduo/meio. Essa é uma cadeia evolutiva na qual o presente é o elo entre o passado e o futuro. Cada ocorrência funciona ao mesmo tempo como causa e como efeito.O primeiro autor a falar em desenvolvimento da identidade foi Erikson (1968/ 1972). Ele propôs dois pólos opostos no desenvolvimento da identidade, que seriam a construção da identidade (identity achievement) e uma identidade difusa (identity diffusion) ou confusão de papéis. A construção da identidade seria o resultado positivo das explorações ocorridas na adolescência e seu conseqüente comprometimento, no final deste período, com alguma ocupação ou ideologia.
A Teoria Psicossocial de Erikson, de elaboração bastante complexa, deteve-se no terreno terminológico e estudos de caso. O progresso da teoria Psicossocial dependeu do trabalho preliminar, porém necessário, de desenvolvimento de medidas específicas dos conceitos abordados. Marcia, em 1966, publicou um artigo operacionalizando o conceito de identidade e sistematizando, de forma bastante simples, as duas dimensões essenciais na formação da identidade pelo adolescente: exploração e compromisso.
Por exploração, Márcia (1966) entendia o período de tomada de decisão, quando antigos e novos valores e escolhas são examinados. Época em que o indivíduo ativamente se envolve na exploração de alternativas ocupacionais ou