Identidade Social
A teoria proposta por Sheldon Stryker em 1985 e 1986 (Stryker e Statham, 1985; Stryker, 1986) e até hoje em desenvolvimento (Stryker e Burke, 2001), também atribui a identidade psicossocial aos papéis ligados às posições, mas interessa-se essencialmente pelo grau de individualidade que distingue as identidades sociais. Não só reserva um lugar para os traços de personalidade na determinação da identidade como, principalmente, destaca a variada internalização dos papéis que as pessoas desempenham no grupo, em função dos processos psicológicos de envolvimento e centralidade. O envolvimento compreende o número de relações sociais afetadas e o custo emocional implicado na eventual perda da identidade; a centralidade denota a importância subjetiva de uma identidade no repertório da pessoa. Partindo da constatação de que a pessoa tem múltiplas identidades devido à multiplicidade de papéis, a teoria trabalha com a diversa saliência que os papéis apresentam na economia psicológica da pessoa. As identidades se estruturam, pois, segundo uma hierarquia de saliências. Note-se que no mesmo indivíduo os mesmos papéis podem ter a saliência alterada com os acontecimentos da vida, o que equivale a mudanças na hierarquia das saliências e na estrutura da identidade. As identidades situadas no topo ou nos níveis mais elevados da hierarquia têm maior poder de definir a identidade da pessoa porque têm maior probabilidade, do que as situadas em níveis inferiores, de ser ativadas num maior número de situações.
Teoria da identidade social (H. Tajfel)
A teoria da identidade social, desenvolvida por Henri Tajfel (1972; 1981) a partir de pesquisas com percepção visual, entende a identidade psicossocial como a percepção de pertença a um grupo e de não pertença a outro. É, de fato, uma tendência da cognição juntar, em categorias ou grupos, objetos, eventos e pessoas de acordo com suas semelhanças físicas, psíquicas, comportamentais ou outras. A percepção social