Identidade social
As teorias das relações intergrupos representam, na historia da Psicologia Social, uma deslocação do interesse por objetos de análise microssocial para objetos de análise mais macrossocial, como as interações sociais ou simbólicas entre grupos sociais. As relações intergrupais acontecem sempre que membros individuais de um grupo interagir coletivamente ou individualmente com membros de outro grupo em termos de sua identificação grupal.
Receber uma identidade é um fenômeno que deriva da dialética entre o individuo e a sociedade, a noção de identidade estabelece uma ligação entre o psicológico e o sociológico. O modelo da escola de Bristol foi o primeiro a colocar a identidade social como centro da análise das relações intergrupos. Segundo esse modelo a identidade social refere-se a um envolvimento emocional e cognitivo dos indivíduos no seu grupo de pertença, e às conseqüentes expressões comportamentais desse envolvimento no quadro da relação intergrupos. De acordo com a concepção da Escola de Genebra sobre a identidade social, a categorização é mediada pelo conjunto de representações sociais sobre o próprio grupo, sobre o outro grupo e sobre as relações entre eles.
A teoria das representações sociais vem sido construída a partir do questionamento das teorias que ignoram que os indivíduos pensam, ou que ignoram o peso do pensamento dos indivíduos na constituição da sociedade. Simultaneamente, a partir do questionamento das teorias que ignoram o contexto social no qual os indivíduos pensam e o peso desse contexto na construção do pensamento. Moscovici conceituou a representação social, fundamentando-a a partir de duas perspectivas. Na primeira, as representações são o reflexo interno de uma realidade externa, reprodução conforme o espírito interpreta do que se encontra fora do espírito. Na outra perspectiva, considera-se que não há corte entre o universo interior e o universo exterior do indivíduo, que o sujeito e o objeto não são